quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O ANOS ME TROUXERAM

Os anos me trouxeram algumas dores em várias partes de meu corpo, com as quais aprendi a conviver!
Estas dores me recordam permanentemente de que tenho um corpo, instrumento de ação de meu espírito e por isso sou responsável por ele e dele devo cuidar!

Os anos me trouxeram algumas decepções em diversas situações vividas, com as quais compreendi que decepciona-se aquele que cria expectativas e se as cria, é na tentativa - a todo custo - de antever os percalços que o pode desestabilizar - última forma de tentar exercer o controle e o poder.

Os anos me trouxeram a saturação de algumas relações e ações, proporcionado-me o entendimento de que assim como o vinho, as amizades, as relações e os sentimentos necessitam de serenidade, conhecimento e parcimônia para serem bem degustados.

Os anos me trouxeram a certeza de que nos tornamos melhores na mesma proporção em que nos abandonamos, na medida em que corajosamente sufocamos nosso eu minúsculo e terreno, proporcionando assim o renascimento de um EU gigantesco, na medida exata da imensidão Divina - o renascimento de nosso espírito.

A vida e os anos ainda me proporcionarão uma infinidade de experiências e com elas, certamente, uma imensidão de novos aprendizados!

Apenas peço à Deus para que as dores do corpo, as decepções que por ventura ainda sofra, e os resquícios egóicos que ainda possam eventualmente se manifestar, não me impeçam de vivenciá-las!

sábado, 12 de outubro de 2013

CRIANÇA, MESMO QUE PELO PENSAMENTO!

Quando a bola quica
e vejo a velha bicicleta
salta o tempo rijo, carrancudo
o pensamento visita, a demorar-se
velhas lembranças,
tão nítidas,
que com elas traz sorrisos,
sensações que mais parecem verdades reais.

Posso sentir o ralado dos joelhos,
pés descalços a pisar as pedras dos campos de jogo,
espetáculos encenados nas ruas,
que de carros e violência tinham pouco.

Banho de chuva,
Suor da face,
que escorre e a deixa preta,
de poeira misturada com alegria,
a vida que relembro parecia não ter fim.

Doce infância que Deus permite,
pelo pensamento abraçá-la,
como aquele que suspende por um segundo,
seu nariz a respirar fora do mar,
para logo em seguida se afundar,
em águas de desenhos,
brincadeiras,
descobertas,
e amizades verdadeiras.

Como é bom voltar a ser criança,
mesmo que em breve momento,
mesmo que por um único intento,
mesmo que apenas pelo pensamento.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

PRAZER E FUGA DO INTELECTO!

Vez ou outra ainda os mantenho abertos,

olhos e mente,

além do costumeiro horário,

venço afazeres, compromissos e responsabilidades,

liberdade precária e intensa,

arrebata-me sem aviso,

arrasta-me ao ópio da reflexão,

sobre tudo, sobre nada, 

sobre o que se desejar,

conflito prazeroso entre copro e alma,

não vejo a hora de te reencontrar,

conflito gostoso, prazer absolvido, 

entre as paredes da fortaleza, 

aquilo que chamamos de lar,

e que nos serve de álibi para toda fuga do intelecto!



FILHOS E PAIS!

Os filhos são do mundo!  

Cabe-nos apenas a boa orientação e fortalecimento de suas asas!

Afinal, elas se desdobrarão e os levarão a ganhar o mundo, mas também, a retornarem, de tempos em tempos à suas raízes.

E que voltem felizes, se reabasteçam e voem novamente!

Afinal, assim também não somos nós em relação à nossos pais?

terça-feira, 17 de setembro de 2013

ISSO É A VIDA!

A dor parecia arrebentar-lhe o peito, o coração, a alma!

De repente foi surpreendida pelo já mais que anunciado fim do relacionamento.

Quantas vezes vivera este momento em ensaios rotineiros, onde de início sofria como agora, e com o tempo encontrara até mesmo formas e expressões mais dramáticas à serem representadas, verdadeiro laboratório paradoxal que lhe trazia prazer na encenação daquilo que mais temia.

O ser humano é estranho!

Mas agora, em espetáculo vivo de dor, angústia e desconsolo, sentia na carne e na alma, o quão duro era viver este drama! 

Desconhecia o poder da rejeição imposto à seu ego e todas as sensações e sentimentos que disto surgiam.

Desejava morrer, matar, rir de ódio, chorar de amor! 

Correr em meio a todo mundo em direção do nada, onde ninguém se encontra, se possível onde não se encontra nem a si mesmo!

Que sofrimento experienciar este momento! Tão diferente do que imaginava e se propusera a simular tantas vezes!

Não passará! Nunca passará! Será que passará?

Só o tempo dirá! 

E dirá que nada permanece. 

Dirá que tudo se renova e que o novo acontece!

Perceberá com os dias que a vida se refaz para atuações reais e cotidianas. Aquelas que calejam o corpo e burilam a alma.

Reservará energia para quando ela se apresentar inevitável.

Neste dia se certificará que a felicidade mora dentro de si e que ninguém, por melhor que seja, pode ser instituído da responsabilidade de nos fazer felizes.

Novos ares, novas atitudes, novas provas e novas experiências!
Sim, a vida seguirá seu curso. 

O tempo terá remediado a ferida e renovado as energias!

No espelho notará que a velha carne declinou, e que a despeito de algumas rugas ganhas a mais, brilha no olhar uma nova e mais intensa luz!

Isso é a vida! 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

JANELAS

Pequenas gotículas beijam-lhe a face.

O barulho, em ondas invade seus ouvidos.

Uma brisa refrescante acaricia-lhe os cabelos.

Seria perfeito - conclui - se na praia estivesse!

Enfim suspira, pendurado num edifício à lavar janelas.

LEIS DE DEUS!

Sinto as dores cotidianas,

do corpo, do coração, da alma!

Porém, não me exaspero ou me revolto!

Pelo contrário, regozijo-me com a certeza de que não sou infalível,

e com o consolo de que estou submetido, assim como todos,

às leis da natureza, em última análise, às Leis de Deus!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

NO FAROL!

Amarelo...

Vermelho...

Desconfiança, ciúme, raiva, ódio.

Crime!

Na cabeça, dor latente. Enjoo!

Lágrima, arrependimento!

Verde...

Um estampido!

Suicida-se!

domingo, 11 de agosto de 2013

VAI E VEM!

Observa a pressa, o sorriso, a tristeza.

Um vai e vem de coisas e de pessoas.

De dentro da condução lotada, percebe!

Carrega em si tudo o que lá fora vê.

Na ida o sorriso, na volta a tristeza, em ambos, a pressa.

sábado, 10 de agosto de 2013

DESTINO? CARMA?

Zune a bala em seu ouvido.

De quem ataca ou se defende, não se sabe.

A frente, atinge quem passava distraído.

Se por acaso ou merecimento, jamais se saberá.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

EXPOSIÇÃO EM TELA!

Céu de estrelas, flores vermelhas, lua cheia!

Coração anseia, angustia-se!

Magnífica paisagem exposta em tela!

Quem dera em sua vida realmente existisse!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

DESDOBRANDO-SE

E saiu à viver seu sonho, a felicitar-se com sua felicidade e sorrir com seu sorriso!

Livre era seu sentir! 

Sentia que podia dar ao mundo a tão sonhada paz!

Porém, com o súbito toque do despertador, despenca para a realidade. 

Dura, séria, pesada!

E na ação automática e rotineira do novo dia, nem se dá conta de que sonhos fantásticos só dependem da ação consciente para transformarem-se em doce cotidiano de vida!

quarta-feira, 31 de julho de 2013

CHEIRO DE TERRA MOLHADA!

À passos distraídos surpreende-se com o cheiro de terra molhada!

Resiste em crer na possibilidade, afinal o sol está presente, forte!

Lentamente levanta a cabeça, caída pelo peso dos problemas que o acompanham. Mira à sua frente.

Um súbito sorriso toma-lhe a face. Lá vem ela! Com toda força e beleza!

Chuva abençoada que lhe faz irromper em disparada, não apenas para o lado oposto, pois não a teme!

Corre a sorrir de volta ao passado, numa época em que a infância não lhe permitia duvidar de que cheiro de terra molhada, sol e chuva, não só era possível como também, era um presente de Deus! 

DESFAZ-SE A CENA!

Flores de todas as cores!

Pássaros à cantarolar!

Uma rede, uma varanda, o café quente e fresco!

A brisa passa e um sorriso se faz!

O telefone toca, e a cena se desfaz!

Os olhos da realidade fitam pela janela os monstros de concreto, ferro e borracha a "barulhar".

Vai-se o sorriso!

Surge uma lágrima, e com ela a triste certeza de que a felicidade está bem longe dali!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

RETROSPECTIVA!

No piscar dos olhos, uma vida inteira passou-lhe à mente, sem permitir-lhe escolher entre permanecer de olhos cerrados a recordar os fatos de outrora, ou abri-los para uma nova cena a ser registrada.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

CONTRASTES!

Pela janela observa-se o sol forte a despontar ao lado do cume nevado! 

No fogão a lenha, o bule aguarda a dias pelo café.


Sentado à soleira, um coração solitário desfruta a romântica cena!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

VOILÀ! EU TE AMO!

Hoje encontrei-me comigo! Não que este fato já não houvesse ocorrido outras tantas vezes, sendo até mesmo rotineiro. Porém, hoje foi diferente.
 
Minha esposa não se encontra, viajou, logo ali, brevemente! Amanhã estará de volta com a graça de Deus!
 
Como um genuíno homem (de bem e de caráter) resolvi tirar o dia para mim! Nada de mais! Na verdade, tudo da mesma forma, contudo, em ritmo diferente.
 
Sair do trabalho sem ter que correr para chegar em casa. Passar pela academia e treinar sem pressa antes mesmo de almoçar - ah, almoçar! Bem depois!
 
Deixar a preguiça gerar o conflito a respeito de: em qual momento tomarei meu banho - ah, se todo conflito do mundo fosse apenas esse! Cochilo no sofá, porém sem prolongar-se, para que não perca o sono da noite - doce segundo conflito do dia!
 
A única ansiedade aparente é a de aguardar o momento exato e propício para abrir um bom vinho e degustá-lo em companhia de um belo pão italiano, azeite de mesma origem, e um delicioso queijo - sem esquecer-me é claro, da companhia maravilhosa de minha querida cahorrinha princesa.
 
Voilà! Vamos ao vinho! Saca-se a rolha e o perfume do tinto toma o ambiente! Coloco-me a postos...rs. Bandeja na cama, TV ligada, computador no colo, queijo, pão, azeite e princesa...
 
Estranho, pensei que a ansiedade passaria tão logo o primeiro gole fosse dado. Mas nada!
 
É então que percebo, já no segundo gole, ao olhar para o lado, que na verdade o que sinto não é ansiedade e sim saudade! Saudade da mulher que amo! Aquela por quem vale a pena apressar-se na academia, almoçar juntos no horário combinado, e principalmente, desfrutar de sua companhia em momentos como este, com um bom vinho, pães, azeites, queijos, e claro, com nossa amada cachorrinha princesa!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

CARTA À UMA AMIGA!!!

Olá minha querida amiga!

Realmente esta mensagem é maravilhosa e esclarecedora. Nos dá orientações precisas com relação ao que estamos sentindo e em relação à direção a ser seguida. Mais uma vez fico maravilhado com a amorosidade e providência Divina, por intermédio de nossos irmãos da espiritualidade maior, que nos assistem, amparam, informam e trabalham incessantemente para que possamos ter a possibilidade de evoluir sempre.

Contudo, como eu disse, possibilidade, pois esta tão sonhada e buscada evolução dependerá certamente, sempre de cada um de nós, de acordo com nossas ações, méritos, responsabilidades e débitos.

De qualquer forma, uma mensagem como esta é como um bálsamo tranquilizador que nos recoloca no caminho e no entendimento corretos, de que períodos tensos e difíceis são momentâneos e fundamentais para nossa adaptação à essa nova realidade, pois representam a transição e reorganização energética as quais nosso planeta, e por consequência todos nós, estamos sendo sujeitados.

Como já pudemos ver em diversas mensagens, este é o momento de eliminarmos resquícios de energias mais densas, por meio de sentimentos menos nobres, tristezas, tensões e até mesmo doenças. Contudo, se mantivermos o foco, a fé e o trabalho incessante, seremos capazes de vencermos esta etapa que antecede a tão sonhada nova categoria em que a terra irá se enquadrar - um mundo de regeneração, de maior bondade, caridade, felicidade e amor.

Estamos no caminho certo minha irmãzinha amada! A despeito de nossas dificuldades, já possuímos, graças ao nosso amado Deus e à nosso querido irmão maior Jesus Cristo, a semente desta nova era, que viemos regando constantemente, com muito esforço, por meio de nossos atos, estudos e palavras.

Nos mantermos neste caminho, com forças renovadas e redobradas é o nosso objetivo, para que assim possamos alcançar a tão sonhada evolução e mais, para que possamos, por meio de nossos exemplos de dedicação, amor e caridade, motivar outros irmãos que de nós se aproximam e conosco realizam suas jornadas.

Deus é e sempre será conosco! Nosso Mestre Maior Jesus Cristo estará nos amparando constantemente até o momento em que nos tornarmos capazes de andarmos com nossas próprias pernas de amor e caridade.

A despeito de nossos momentos de queda e dificuldade minha querida irmã, lembremos que o caminho está aberto a todos nós, e que felizmente o reconhecemos e estamos desejosos de percorrê-lo. Resta-nos a dedicação diária, a fé fortificada, a tranquilidade e a certeza de que não estamos sozinhos nesta jornada.

domingo, 12 de maio de 2013

PARABÉNS MAMÃES, SEMPRE!

A comemoração do dia das mães surgiu na Grécia Antiga, onde celebrações eram realizadas no início da primavera, com o intuito de se homenagear Reia, mãe de Zeus, e considerada mãe de todos os deuses.
 
Com a perda desta comemoração ancestral, o dia das mães atual se estabeleceu nos Estados Unidos, como uma data criada para homenagear as mães que perderam seus filhos na Guerra Civil.
 
No Brasil, a comemoração surgiu a partir de 1918, sob influência americana da Associação Cristã de Moços, sendo oficializada em 1932. A partir de 1949, com o advento das propogandas publicitárias, a data passou a ter um caráter mais comercial.
 
Contudo, a caracterização comercial desta data e sua evolução, nos dá mostras concretas das formas pelas quais a humanidade vêm ao longo dos anos se desenvolvendo e focando sua trajetória. Notamos um apelo cada vez maior da busca do lucro pelo lucro.
 
Neste contexto, estratégias e ações publicitárias são elaboradas, desenvolvidas e realizadas, tendo como ingredientes o que ainda resta de sentimento nos corações das pessoas, para assim estimular a compra de presentes que irão homenagear as mães, mas sobretudo, alavancar os números e estatísticas econômicas.
 
A homenagem às mães deve ser efetivamente realizada diariamente! E a melhor forma de fazê-la não se dá apenas pela oferta de presentes (o que tem lá seu valor), mas sobretudo pelas ações e posturas que nós, filhos, assumimos em nosso dia a dia, em nossa vida.
 
Devemos agir com a sensação de que estamos permanentemente sendo observados e acompanhados por nossa mãe! Devemos conduzir nossos atos com o máximo de respeito, ética e moral de que somos capazes para que nossa mãe tenha uma trajetória marcada pelo orgulho de seus filhos, e não pelas más consequências advindas de nossos atos errados.
 
Homenagear a mãe revela-se como exercício constante, diário, que requer a prática recorrente da reflexão, para que a cada ato possamos nos perguntar: Qual seria a vontade de minha mãe? Será que com esta atitude eu a estarei honrando? Sentirá ela orgulho pelos meus atos?
 
Para finalizar minha reflexão gostaria de incluir neste modesto texto uma reflexão de um homem de extrema simplicidade e gigantesca sabedoria, e que representa verdadeiramente a importância das mães para a sociedade e para o mundo, devido ao seu amor incondicional e incomparável:
 
"Se as mães governassem o mundo não haveriam guerras, pois nenhuma mãe mandaria seu filho à guerra para ser morto! Isso é coisa de homens!" (Sebastião Lima - Palestrante Espírita).
 
Feliz dia a dia das mães!!!

sábado, 11 de maio de 2013

QUE PAÍS É ESTE?

Olho para a cena de violência da polícia militar contra os professores em greve e concluo: Realmente o momento é crítico!
 
Não quero aqui criar um discurso político partidário (o qual eu respeito), nem pretendo expor uma opinião como sendo de apoio absoluto a forma pela qual o movimento reivindicatório se organizou, pois estaria me contrapondo às minhas próprias posições sobre o mesmo, porém o que me chama a atenção é a total perda dos valores sociais que balizam uma sociedade que se pretende justa, igualitária em seus direitos, e principalmente, que seja voltada para evolução da nossa raça humana, tanto em termos econômicos, quanto a nível moral, ético e espiritual.
 
Por acaso os senhores que sustentam o cacetete deixam de pertencer a raça humana no momento em que estão exercendo sua profissão?
 
Como esses policiais conseguem deitar a cabeça no travesseiro e dormir em paz depois de agredirem profissionais que se organizam em um movimento pacífico e garantido pela nossa constituição, e que tem como objetivo maior reivindicar melhores condições de trabalho, que se atendidas irão beneficiar diretamente os filhos destes mesmos policiais, que estudam em escolas públicas, uma vez que a remuneração desta classe profissional é tão defasada quanto a dos professores?
 
Que sociedade é esta que ao presenciar estes fatos sequer se sensibiliza e muitas vezes até mesmo os apóia, de forma velada, sendo a passividade e omissão, provas incontestes da posição em que se colocam neste conluio?
 
A Lei de causa e efeito determina que todos os efeitos que experienciamos são produtos de ações (omissão e passividade enquadram-se aqui), intenções e desejos que produzimos cotidianamente. Este fato posiciona toda a sociedade como responsável pelas mazelas que nos aflige.
 
E quais seriam estas mazelas? Quais os problemas que estamos vivenciando e que somos responsáveis?
 
A resposta é simples: Tudo aquilo que nos prejudica, nos viola, nos reprime, nos oprime, nos coloca em situação de miséria e de falta de infraestrutura.
 
A saúde está um caos, a culpa é nossa. A educação sucateada, deturpada e abandonada, a culpa é da sociedade. A violência atinge níveis incontroláveis, a culpa é só nossa.
 
Uma sociedade que culturalmente e historicamente especializou-se em colocar-se na posição de vitima é uma sociedade omissa, passiva e dominada. Nunca será respeitada, pois nunca se fará respeitar.
 
A única forma de reverter este quadro é por meio do combate maciço da ignorância - que paralisa as pessoas e as tornam subjugadas - com uma educação de qualidade, com estruturas adequadas às necessidades atuais, com professores valorizados e que tenham condições de se atualizarem permanentemente, para melhor atender, formar e promover um futuro melhor para seus alunos.
 
O conhecimento eleva, transcende e liberta. Uma sociedade culta é uma sociedade ativa, capaz de protagonizar sua evolução. Uma sociedade culta é capaz de escolher seus representantes por meio de critérios sadios, justos e sérios.
 
Certamente o respeito de um governante à sua população é diretamente proporcional ao nível cultural da mesma. Mesmo porque, uma sociedade crítica e ética jamais elegeria representantes incompetentes, que não os respeitassem e que não trabalhassem em benefício de todos. 
 
Neste contexto, a Educação e os profissionais que neste ramo exercem seu compromisso profissional, deveriam ser extremamente valorizados, não pelos políticos de hoje - tão interessados em promover a ignorância social, mas sim pela sociedade, tão sedenta de melhorias básicas. 
 
O apoio social à causa educacional obrigaria o governo a agir qualitativamente na educação. O efeito produzido seria a formação de uma sociedade cada vez mais culta, crítica e pró-ativa, que retroalimentaria este ciclo. Quanto mais a população se intelectualiza, mais ela se torna consciente e responsável, portanto, maior o critério de escolha de seus representantes políticos.

 
Enquanto a sociedade não se posicionar ativamente a favor de uma educação de qualidade estaremos nas mãos de políticos inescrupulosos, que demonstram o total descaso com este segmento profissional e principalmente com o ser humano, afinal eu me questiono:
 
Que País é este onde professores são agredidos por policiais e bandidos são protegidos pelos órgãos de defesa dos direitos Humanos?
 

sábado, 27 de abril de 2013

UMA REFLEXÃO SOBRE O MOVIMENTO GREVISTA!

Inicio este texto deixando bem claro minha posição: há de se respeitar toda e qualquer postura, pensamento e ação que o indivíduo tome, uma vez que a livre expressão é garantida pela lei dos homens, e o livre arbítrio é um dos alicerces sustentatórios das ações e relações humanas, permitido por Deus.
 
Após quase quatorze anos de exercício docente na Rede Estadual de Ensino de São Paulo, e da participação em algumas greves durante este período, me deparo novamente, em 2013, com o movimento reivindicatório, e com ele uma série de ações, discursos e posturas que a mim, parecem a repetição perpétua de estratégias pouco eficazes, já que nada ou pouco obtiveram de conquista efetiva em momentos anteriores.
 
Neste contexto, valho-me de valoroso provérbio chinês o qual reflete meu efetivo pensamento atual: "Insanidade é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes."
 
Não me sinto impelido a aderir à um movimento arcaico, pouco produtivo, pouco inteligente, que considera como função primordial e efetiva do docente o aumento do "score" da paralisação/greve. Menos honesta ainda, é a utilização dos professores como massa de manobra por facções partidárias que há muito tempo se instalaram em nossos órgãos de representação de classe.
 
Já estive em greve marchando pelas ruas da maior capital de nosso País, sendo agredido por Policiais a mando de um sistema governamental que tem efetivo interesse em fomentar a ignorância social por meio do sucateamento da Educação Pública. Porém, também já estive debaixo de chuva, nas mesmas ruas, a presenciar disputas partidárias entre membros de nosso Sindicato, em cima do carro de som, enquanto nós, os professores convocados à se unirem em prol das reivindicações de nossa classe, aguardávamos impacientemente um norte operacional, uma verdadeira pauta reivindicatória à ser executada, sentindo-nos cada vez mais usados.
 
A organização de um movimento grevista passa obrigatoriamente, pela aproximação dos representantes de seus representados, como forma de identificar os verdadeiros anseios das bases, afim de se elaborar as ações e estratégias reivindicatórias efetivas, que serão produzidas após amplo debate, tendo como principal e "sagrado" comprometimento, a representação dos interesses da maioria e não, a utilização do mecanismo de representação para auferir resultados políticos para partidos inseridos em nossas instituições sindicais.
 
Contudo este, para mim, não se revela o maior problema deste movimento pouco criativo e efetivo. Não é segredo para ninguém que a cada greve somos "jogados" pela mídia (interessada em compactuar com o governo) contra a sociedade, por meio de matérias que subestimam o número de professores paralisados, e enfatizam o transtorno que causamos ao interferir no trânsito de São Paulo, e ao enviar os alunos de volta para casa, obrigando os pais à interferirem em suas rotinas para "cuidar" de seus filhos.
 
Se um dos nossos maiores problemas sistêmicos educacionais atuais revela-se como a falta de valorização da Educação pela própria sociedade que enxerga a escola cada vez mais como um espaço de entretenimento e tutela dos filhos, e cada vez menos como instituição formadora de cidadãos, como esperar a compreensão e até mesmo o apoio desta mesma sociedade, em nossas reivindicações?
 
Muito desta desvalorização tem a ver com a reestruturação da instituição familiar, que nos dias de hoje necessita do labor de ambos os pais para a geração de uma renda precária, o que os tira do lar, e os impossibilita a permanência e o cuidado maior de seus filhos.
 
Neste contexto, e sabiamente, o governo lança sua plataforma de ação política investindo maciçamente em marketing e ações que aos olhos da sociedade são responsáveis por criar uma escola perfeita uma vez que atualmente os estudantes são contemplados de forma gratuita com todos os materiais escolares, apostilas, livros, mochila, merenda, e uma lei que não só obriga o acesso e permanência dos alunos na escola, mas que também remunera as famílias mais carentes por meio de programas de incentivo governamental.
 
Não parece claro à todos as desvantagens que enfrentamos neste embate? Será que os professores envolvidos no movimento grevista (que são muito bem intencionados e estão em seu direito) não se dão conta que lutamos contra um gigante que especializou-se em iludir a população por meio da venda de uma imagem protetora e assistencialista?
 
Será que acreditamos verdadeiramente que a população irá se opor, gratuitamente, à este governo "que tanto faz" por eles? NUNCA!
 
Enquanto não mudarmos nossa forma de ação, enquanto não rompermos com o domínio da política interesseira partidária que impregna nossa classe, e enquanto não nos aproximarmos verdadeiramente de nossa sociedade, de nossos alunos, pais e comunidade, jamais seremos vitoriosos.
 
Para isso contamos com a maior de todas as armas que um ser humano pode dispor: o CONHECIMENTO! O conhecimento que liberta, conscientiza, sensibiliza, agrega e fortalece. Temos que de uma vez por todas assumir nosso papel de formadores de cidadãos críticos, reflexivos, e prontos a agir conscientemente na busca por uma sociedade mais justa.
 
Mas não é mandando nossos alunos para casa e servindo de número para o movimento realizado por um Sindicato vendido que isso irá ocorrer. Devemos ser mais realistas e humildes. Devemos estabelecer estratégias localizadas, em cada unidade de ensino, por meio de palestras e conversas com os alunos, pais e comunidade em geral, afim de esclarecê-los quanto às reivindicações que são feitas, conscientizá-los que lutamos não por pequenas melhorias pontuais para nós, mas sim por mudanças fundamentais da política educacional para que nossas escolas públicas deixem de ser centros de entretenimento e tutela de crianças e jovens e passem efetivamente a atuar como instituições responsáveis pela formação de nossos cidadãos.
 
Devemos abandonar de uma vez por todas esta postura ingênua e infantil de ação controlada e manipulada por interesses políticos sindicais, que não são nenhum pouco simpáticos à nossa sociedade. Devemos sim nos concentrarmos em esforços de conscientização e parceira com a sociedade, só assim estaremos fortalecidos.
 
Contudo, para isso, devemos superar um primeiro e provavelmente nosso maior obstáculo: a falta de unidade e corporatividade profissional que caracteriza nossa classe.
 


quarta-feira, 17 de abril de 2013

FELICIDADE EVOLUTIVA!

Estamos no início de uma nova Era. É o que as diversas correntes espiritualistas propagam, sendo o tão esperado fim do mundo – de dezembro de 2012 – na verdade o marco deste novo ciclo.
Creio nesse recomeço, ou melhor, no início desta nova fase que traz à reboque uma verdadeira transformação social, moral, ética e espiritual.
Como todo processo, o momento atual é o de transição, onde as energias estão sendo catalisadas, a sensibilidade está mais aflorada e manifestações negativas (fraudes, violência, tragédias, injustiça, impunidade, etc.) tendem à se potencializarem como última tentativa de manutenção do “status quo” que imperava até então.
Porém, a contenda revelar-se-á sem sucesso, pois graças ao Mestre Maior Jesus Cristo, e à seus auxiliares do plano espiritual, a evolução de nosso orbe à condição de regeneração é inevitável e por isso, certa.
Neste contexto, tanto a condição passada (de planeta de provas e expiações), quanto as pessoas que insistirem por meio de sua ação consciente, em posturas e manifestações danosas, negativas e de baixo padrão vibracional, deixarão de acompanhar esta transição e consequentemente, este processo evolutivo.
À estes infelizes restará apenas o consolo de uma nova chance reencarnatória, porém em um outro planeta, mais ajustado aos seus padrões vibratórios mais densos e inferiores. Continuarão expostos à dores, à novas provas e à expiações de que são devedores.
Àqueles que despertarem conscientemente para esta nova e esperançosa fase por meio de ações e sentimentos mais nobres, experimentarão novas sensações, poderão conhecer uma felicidade significativa ainda na matéria, prova inconteste da aplicação da lei de causa e efeito, e da lei da atração.
Devemos nos colocar conscientemente em condições favoráveis para não só desfrutar desta nova e maravilhosa transformação, mas sobretudo, para promovermos por meio de nossas ações, a tão sonhada e buscada felicidade evolutiva.  

terça-feira, 9 de abril de 2013

CONVIDO-OS AO SILÊNCIO!

Ao nos colocarmos em silêncio porém despertos, somos convidados por nossa consciência ao estabelecimento de importante diálogo.

Sentar-se à mesa, deitar-se ao sofá ou à rede em companhia de nossa consciência, é tarefa das mais complexas, desafiadoras e proveitosas que se pode vivenciar, desde que esta relação se estabeleça com o máximo de sinceridade e coragem possíveis.

Havemos de nos esforçarmos sobremaneira para garantir que tais virtudes prevaleçam durante o colóquio, inclusive dedicando à estes aspectos atenção permanente, pois seguramente, ao sermos conclamados por nossa consciência - portadora dos conceitos e anseios da alma e herdeira da Consciência Divina Universal - inevitavelmente, também tomará partido nesta conversa uma dimensão muito complexa e individualista de nosso ser - o Ego.

O ego é o grande responsável por nossa individualidade, instinto de proteção, impulso criativo e de conquista. É vital para a nossa sobrevivência, essencial para nossa evolução, contudo, sua ação é limitada pela matéria.

A despeito de sua utilidade, é incapaz de transcender a matéria - seu verdadeiro campo de atuação - e por isso revela-se ao mesmo tempo como algoz, e vitima de sua condição. O ego exacerbado produz expoentes em diversos setores sociais e profissionais com a mesma força, vitalidade e rapidez com que ignora, sobrepõe-se e "atropela" tudo ou todos que se lhe opõe.

Por este motivo ele nos mantém em constante ação, ocupando-nos com tarefas e pensamentos que nos dão a nítida sensação de que os dias estão cada vez mais curtos e nossas tarefas, cada vez maiores.

O ego sabe, instintivamente, que basta um único segundo dado à nossa consciência, para que ela nos convide à reflexão e análise de fatos e atos que seguramente o contra-posicionará à Consciência Divina Universal, aos valores da alma, em última análise, a ação da Psique.

Pode-se deduzir daí, que o maior receio do ego é o confronto com a psique. Conflituar estes dois titãs de nosso ser representa contrapor-se imperfeição e a herança da perfeição, indivíduo e o todo, e em muitas ocasiões, o bem e o mal.

Devemos nos encorajar à buscar o silêncio que eleva. O silêncio que desperta a consciência e nos convida ao diálogo sincero e direto.

Devemos exercer o combate ao ego exacerbado e à todas as suas manifestações negativas que nos mantém presos à matéria e nos boicota a evolução.

Necessitamos expandir nossa psique, ampliando nossa consciência acerca das "coisas" da alma.

Convido-os ao silêncio!

quinta-feira, 21 de março de 2013

AO TRABALHO!

Seis horas da manhã! Toca o despertador, abro os olhos, realizo a primeira de algumas orações que farei no dia!

Cadenciadamente levanto-me e dirijo-me à cozinha. No balcão alcanço o remédio que é o grande responsável por me aliviar os sintomas de uma hérnia de hiato e uma esofagite - tomo-o em jejum.

De lá para o banheiro. Tempo contado e necessário para escovar os dentes e tomar um banho enquanto repasso mentalmente as atividades do dia.

De volta à cozinha, preparo o cereal matinal que além de me nutrir, também estimulará a função intestinal - um problema para quem terá que dar doze aulas seguidas com um pequeno intervalo de quarenta minutos na hora do almoço. Nesse momento, penso que poderia diminuir minha carga horária de trabalho afim de ter mais tempo livre para tomar um lanche, almoçar, ou simplesmente ir ao banheiro sem pressa.

Por falar em pressa, interrompo o pensamento, engulo o cereal, sinto uma pequena queimação no estômago - acho que ainda não deu tempo para que o remédio faça efeito.

Pego minha mochila que está em cima do sofá e que foi preparada na noite anterior - camiseta, short, cueca, meias, tudo limpo. Sabonete, shampoo, desodorante e perfume. Todos itens que na maioria das vezes retornam para casa intactos, sem serem utilizados, e eu, sem banho tomado! E ao colocar a mochila nas costas penso novamente: "preciso diminuir minha carga horária de trabalho para que eu possa pelo menos tomar um banho durante o dia, principalmente em dias tão quentes como os que andam ocorrendo.

Desço pelo elevador, entro e ligo o carro. Enquanto esquenta o motor tomo contato pelo rádio com as primeiras notícias do dia. 

Ao trabalho! E no caminho, como tem ocorrido nas últimas semanas, o trânsito é intenso e vagaroso, decorrente da falta de infraestrutura básica e incompetência de nosso país em lhe dar com a logística de escoamento, transporte e exportação de uma safra record de grãos.

Na iminência do atraso inevitável a ansiedade se faz presente, a adrenalina que já está sendo produzida liga-se à seus receptores intestinais e estomacais. O resultado é esperado - mais queimação, mais necessidade de um banheiro durante o dia, que dificilmente já seria sanada em dias "normais" de trabalho, muito menos em dias que se iniciam com atraso.

Nesse instante devo estar na terceira oração do dia. Peço disposição para o trabalho, controle da ansiedade e para que o stress diminua. 

Parado no trânsito decido ensaiar um exercício respiratório. Inspirações cadenciadas e profundas, e expirações prolongadas. Busco o equilíbrio, a paz de espírito e óbvio, a diminuição da ação adrenérgica e de seus efeitos.

Neste momento escuto no rádio a notícia de que os deputados aprovaram o aumento da verba de gabinete, que existe uma diminuição contínua do número de professores em nosso país, e que a inflação poderá voltar a incomodar muito por conta da ineficiência fiscal e dos gastos exorbitantes da máquina pública além do déficit de investimentos em diversos setores vitais de nossa economia e infraestrutura.

Interrompo o exercício respiratório ou o raciocínio, já não sei mais. A ansiedade aumenta, o trânsito move-se por dez metros. A adrenalina sobe novamente e seus efeitos se potencializam. Nesse instante, já nem me preocupo com o atraso que já é certo mas sim, se chegarei a tempo ao banheiro.

sábado, 16 de março de 2013

A IGNORÂNCIA RELIGIOSA, O PRECONCEITO E A INTOLERÂNCIA!


Queridos amigos, inicio meu dia de hoje pedindo a licença e o favor para que todos possam dedicar alguns minutos de sua atenção e leitura ao que irei escrever em seguida.

Este pequeno texto tem por objetivo aludir uma questão que a mim muito preocupa: a postagem e disseminação de trecho de textos, expropriados de seu contexto real onde foi produzido, isolado em pequena parte, e por isso deturpado em relação à sua fonte inicial.

Antes de propagar informações, faz-se necessário o exame criterioso e minucioso da fonte de sua origem, de sua veracidade e real sentido, para isso submetendo-as ao rigor científico de avaliação. 

A respeito do trecho postado sobre a doutrina espírita (onde supostamente Allan Kardec diz, após sua morte e por intermédio de um médium, ter se arrependido da codificação da Doutrina), que conheço bem e em nada fere os princípios do evangelho nem tão pouco dos ensinamentos de Jesus, devemos nos acautelarmos com relação à veracidade da mesma e seu contexto, uma vez que ao se "PINÇAR" uma única frase inserida em um texto, normalmente o que se faz é deturpar seu real significado. 

Ademais, reconhecer que as palavras ali escritas são de fato originadas de Allan Kardec, nada mais é do que reconhecer e identificar-se com a doutrina espírita uma vez que segundo o autor da obra, essa comunicação foi feita pelo espírito do codificador da doutrina, logo após sua morte, através do concurso de um médium, sob o instrumento da psicografia. 

Dessa forma, aceitar como verídico ou provável tal texto : 

1- não deturpa nem denigre a imagem da doutrina, já que ela foi codificado por um ser humano (passível de todos os erros e vícios que todos nós também somos, assim como eram os apóstolos de Jesus); 

2- demonstra que foi inspirada nos ensinamentos dos espíritos superiores, que puderam sofrer interferência em suas comunicações por utilizar um canal humano como fonte de propagação das mensagens; 

3- entende e reconhece que existe vida após morte; que o espírito continua sua jornada após a morte do corpo, inclusive conservando sua identidade e individualidade (da vida pregressa) se assim o quiser e for útil; que é possível estabelecer contato com o mundo dos encarnados inclusive a ponto de interferir neste mundo; 

4- por fim, que a velha noção de céu (para os eleitos) e inferno (para os pecadores) cai por terra, uma vez que a comunicação pós morte efetuada por Kardec (segundo o texto) em momento algum dá mostras de que ele está desfrutando do paraíso por ter codificado uma doutrina que elevava os ensinamentos do Cristo, ou queimando eternamente no inferno por ter errado em suas ações.

Desta forma queridos amigos, recomendo um esforço maior no combate ao preconceito que só é motivado pela IGNORÂNCIA em seu sentido mais claro - falta geral de conhecimento, de saber, de instrução; estado de quem ignora - e quando manifestada em alto grau, pode dar concurso e motivar a intolerância, a maledicência e a violência.

Assim, recomendo o estudo aprofundado, criterioso, sob o cunho científico não só da íntegra dos textos onde postagens como essas são retiradas, mas sobretudo da doutrina espírita. 

Se houver a disposição em nos debruçarmos sobre a doutrina, dedicando nossa sinceridade de conduta e caráter corretos, o tempo necessário e a honesta intenção em se avaliar suas mensagens, e ainda assim, encontrarmos subsídios e elementos reais e comprovados de que suas mensagens e alicerces ferem os ensinamentos de nosso Cristo Jesus, ainda assim haveremos de considerar que a postagem e disseminação de mensagens preconceituosas e intolerantes ferem tanto quanto, ou mais, os princípios pregados pelo nosso Mestre Maior, Jesus Cristo.

Que a paz, a tolerância, a caridade e acima de tudo, o AMOR, possam dominar as relações humanas, e que as fronteiras das diversas religiões se desfaçam dando lugar ao culto da ética, da moral, da solidariedade, da caridade e do AMOR  entre todos as pessoas deste mundo, pois certamente esta é a vontade de nosso PAI MAIOR.

terça-feira, 12 de março de 2013

O SUOR ESCORRE PELAS COSTAS

O mundo possui suporte energético para combater este calor insuportável?

Oriento meu questionamento partindo do pressuposto de nem considerar discussões acerca da sustentabilidade, ecologia e meio ambiente. Não que eu não entenda estes aspectos como sendo importantes - na verdade são vitais - mas baseio-me nas centenas de notícias que eclodem das diversas mídias em tempos de reuniões do G8,G20, etc., onde o que mais frequentemente acontece é a recusa por parte dos considerados países desenvolvidos em comprometer-se com a assinatura de tratados e o desenvolvimento de ações que visem a diminuição da emissão de poluentes responsáveis pela destruição da camada de ozônio, pelo aumento da temperatura global, o degelo das calotas polares, entre outros desastres.

Neste contexto, o cuidado e o combate ao aquecimento global e suas consequências graves acontecem cada vez mais de forma individual, local e imediatista.

Sejamos francos. Quem de nós ficará parado, sentindo o suor escorrer pelas costas à espera de uma conscientização mundial, de que devemos cuidar mais e melhor de nosso planeta antes que ele vire cinzas?

Não, todos sairemos - não mais buscando o luxo - por necessidade vital, às compras! Ventiladores, aparelhos de ar condicionado, refrigeradores, freezers. Me arrisco a dizer que com o calor que anda fazendo ultimamente, certamente deve ter havido um aumento exponencial na venda de forminhas de gelo.

Brincadeiras (que não tem tanta graça em dias tão quentes) à parte, desta maneira vamos todos, cada um de seu jeito e dentro de suas posses, lutando e tentando resolver o problema local e imediato do calor, sem termos a consciência de que desta forma também estaremos contribuindo para o agravamento de um problema sistêmico.

Para arcar com este "boom" de demanda energética o mundo compromete-se ainda mais com a demasiada emissão de poluentes e risco de contaminação por radioatividade, já que a maioria dos países não possuem fontes limpas e seguras de energia.

Penso e acredito, sem dúvida, que para uma humanidade que há muito tempo já é capaz de viajar ao espaço e de desenvolver uma ciência médica nanotecnológica, não seja em hipótese alguma difícil criar tecnologias que potencializem a produção e o reaproveitamento energético, por meio de fontes mais seguras, limpas, simples e acessíveis, com diminuição do impacto ambiental.

Contudo, seguramente o maior desafio seria contrariar os interesses econômicos daqueles que lucram fortunas por meio dos modelos atuais de produção energética.

Enquanto o lucro for o único e maior objetivo em detrimento do bem estar da população e da preservação de nosso planeta, continuaremos correndo atrás de promoções de ventiladores e aparelhos de ar condicionado, na tentativa de sanar nossos problemas individuais, contudo contribuindo para agravar um problema sistêmico, que é de todos nós.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

IRRESPONSABILIDADE SOCIAL SUBMERSA

Aqui as águas já baixaram. 

Certamente temos que cobrar mais empenho do governo em tentar solucionar estes problemas, contudo um fato não pode ser mudado - moramos em uma ilha, e quando chove muito, como ontem, não tem como proporcionar a vazão da água já que a própria maré do mar enche e acaba devolvendo a água para os canais e por consequência, para a cidade. 

Claro que uma coleta de lixo e entulhos mais eficaz, obras de escoamento e a consciência da população em não jogar lixo e objetos na rua e canais favorecem a prevenção, contudo acredito que só conseguiremos reverter este problema quando o mundo tomar consciência de que o clima está mudando radicalmente, com invernos rigorosos, porém mais curtos, verões extremamente quentes e chuvas cada vez mais intensas. 

Não tenho dúvidas que estes fatores são reflexos de nossa conduta irresponsável com relação ao meio ambiente. Se não nos sensibilizarmos rapidamente, teremos que viver arcando com as consequências muitas vezes trágicas destes desequilíbrios climáticos.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

UMA IMAGEM, UMA FACA DE DOIS GUMES!

Tenho visto com certa frequência a postagem de uma imagem em uma rede social (Facebook), onde supostamente um professor dedica-se ao ensinamento de seus alunos em um local com chão de terra batida, um tronco de árvore caído que serve como assento aos alunos e uma "meia" parede - a única que ainda conserva-se em pé - usada como lousa onde a "educação" procura se fazer acontecer.

O cenário sugerido é o de extrema pobreza, não só pela estrutura quase inexistente do ambiente escolar, sobretudo pelas vestimentas sujas e deterioradas das crianças, e o aspecto sofrido que nos remete à carência alimentar, de saúde, e de todos os aspectos relevantes e necessários para que um ser humano possa viver com dignidade.

Em meio à esse cenário aparece em destaque a figura do professor, "imune" à todas as mazelas sociais e educacionais, exercendo seu "sacerdócio" entusiasticamente, com fôlego e determinação sobre-humanos, como um legítimo super-herói ou santo, desprovido de todo tipo de consciência política, cívil e profissional, a colocar seu coração e amor à profissão acima de tudo, com o intuito de promover prodígios, verdadeiros milagres.

Sem dúvida a imagem é linda, poética! Da mesma forma não nos restam dúvidas que devemos admirar este "soldado" da educação, contudo a mesma imagem que encanta também deturpa, pelo menos a nível do subconsciente, o sentido, a forma e a prática docente.

Não, nós professores não somos super-heróis. Amamos sim o que fazemos, porém não trabalhamos só por amor. Trabalhamos para sermos gratificados, e bem gratificados. Somos professores e não "quebra-galhos". Necessitamos de material pedagógico, estrutura escolar, capacitações e qualificação constantes para promovermos uma educação decente e de qualidade para nossos alunos.

Estamos invertendo os valores. Uma imagem como essa aliada à ignorância da população com relação ao estado real da educação levam à análises equivocadas e promovem oposição social aos movimentos da classe docente em prol de melhores salários, condições de trabalho e qualificação.

Sr. Médico, por que não atende seus pacientes em campo aberto? Deite-os no chão de terra batida e realize seus procedimentos cirúrgicos com facas e pinças de sobrancelhas.

Caro Padeiro, produza seus pães sem trigo, fermento ou água. Asse-os no chão por amor à sua profissão.

Ilustríssimos governantes, abram mão de seus gabinetes com ar condicionado, de seus carros de luxo e seus salários exorbitantes. Trabalhem nas ruas, façam uso do transporte público e recebam a mesma remuneração de um professor, tudo em nome do amor que têm pelo cargo que possuem.

Basta! Deixemos de viver em um mundo de fantasias. Vamos expandir nosso intelecto, abandonar a ignorância.

É mais do que óbvio que o exercício profissional deve ser realizado com base no amor, pois toda experiência humana deve valer-se deste sentimento para ser digna e efetiva. 

Entretanto, remuneração digna, valorização profissional e estrutura adequada não são privilégios que devem ser ofertados à uns poucos profissionais e profissões, e sim requisitos básicos que devem obrigatoriamente estar a serviço de todos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

FELICIDADE TODOS OS DIAS!!!

Chega uma época na vida em que despertamos e passamos a viver em busca de um sentido maior.

É um viver que vai além de se trabalhar à espera da chegada do final de semana e suas entregas extremas e "justificáveis"!

Trata-se de um viver mais amplo, profundo e, por isso, mais complexo. Onde a felicidade e o prazer não aguardam a cronologia semanal para se manifestarem, assim como a responsabilidade também.

É um viver de corpo e alma cotidiano, no presente, o avesso dos efêmeros agendamentos de felicidade em dias específicos.

Em suma, é viver a felicidade todos os dias!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

ENTENDI DIREITO?

Deixe-me ver se entendi direito! Em 2007, o Sr. Renan Calheiros, então Presidente do Senado, foi obrigado a renunciar à seu cargo em meio a sérias acusações de corrupção, tráfico de influência e apresentação de notas falsas para comprovação de renda.
Seis anos se passaram e somos obrigados a engolir a volta de um político corrupto, sustentada por votos da grande maioria dos senadores. E mais, enfia-se goela a baixo dos cidadãos brasileiros um discurso irônico, desrespeitoso e arrogante que cito em seguida, e que foi proferido pelo digníssimo corrupto que retorna ao "lar": 

"Como antes, agora exercerei a presidência do Senado com isenção, diálogo, equilíbrio, transparência e respeito aos partidos e aos senadores". Só aqueles que têm a humildade de assimilar as críticas, que são permeáveis às depurações e admitem corrigir erros mantêm sua respeitabilidade. Aceitar críticas é um gesto de humildade e desejo de interagir com a sociedade. Assim teremos um legislativo forte"**

O que é preciso fazer para termos respeito por parte dos políticos? A mim parece muito claro que atitudes como essa são tomadas com muita tranquilidade e com a certeza de que nosso país se caracteriza por possuir um povo passivo e ignorante.

Não estou criticando o espírito pacífico da população. Ser pacífico é ser do bem, não querer e nem fazer o mal à ninguém. O que exponho aqui é a questão da passividade, ou seja, a apatia no exercício de nossa cidadania, e é por isso que a classe política nem se preocupa com as repercussões que seus atos possam ter no âmbito social.

A maior prova do desrespeito, do desprezo e super confiança que estes políticos possuem em relação a ignorância e aceitação pública, está nesta eleição do "distinto" Senador que o recoloca no cargo ao qual teve que renunciar no passado, sendo que este pleito ocorre meses após o encerramento do maior processo  de combate à corrupção realizado pelo STF em solo brasileiro.

Aqueles que como eu - após o julgamento do mensalão - se sentiram estimulados e esperançosos em relação à quebra de paradigmas, e mudanças de posturas corruptíveis há muito arraigadas em nosso cenário político, são agora surpreendidos por uma "Cachoeira" de água fria, o que sinaliza para um futuro nem tão promissor como sonhávamos.

O que é preciso fazer para que essa "doença" se extinga definitivamente? Será preciso ir as ruas? Será necessária uma revolução? Ou será que ficaremos sentados no sofá, na expectativa de olharmos pela janela e visualizarmos um faixo de luz, conclamando "Super-heróis midiáticos do STJ", para que estes possam nos defender? 

**fonte: uol notícias - 01/02/2013