sábado, 25 de junho de 2016

É DA LEI

Inflas o peito com vigor,
sorve o ar que o cosmos lhe oferta,
cumpre a jornada que à tua alma Deus empresta,
dádiva divina de amor e misericórdia!

Reflete sobre o perdão e o amor,
sinta no coração a liberdade do sentimento,
de gratidão, mansidão e merecimento,
fruto inequívoco de teu intenso labor!

Não é milagre, tão pouco privilégio!
Nem superstição, nem sortilégio!
É a justiça, é da Lei e da diretriz,

Não destina-se a poucos, nem a minoria!
É oferta justa a depender da sintonia,
À quem persista e a quem busque ser feliz! 

sábado, 18 de junho de 2016

DORES E FELICIDADES VERDADEIRAS

Que sabeis sobre mim?
Sobre as dores,
e os amores?
Sobre inícios e fins?

Que pensais sobre o céu?
Sobre a lua,
e as estrelas?
Sobre a vitima e o réu?

Tudo é ponto na imensidão,
ângulo, espio, visão!
Certeza? clareza? percepção?
Armas ou bandeiras!

De quem ataca,
de quem aplaca,
dos que amam,
dos que odeiam!

Segue o passo a passear,
o pensamento a vaguear,
o ignorante a julgar,
o sábio a calar!

Pois na vida derradeira,
dos que chegam e dos que rareiam,
sabe o Pai dos que anseiam,
as dores e as felicidades verdadeiras!

sábado, 11 de junho de 2016

PAISAGEM DE INVERNO


"Delicadas lágrimas gotejam das folhas,
daquelas que insistem e resistem,
a neve e ao frio extremo,
seguem a trajetória sem tormento,
aguardam o fim do ciclo que presidem!

Há beleza no verde, no marrom,
no florescer e na secura dos ramos,
na vitalidade alva,
no vigor da alma,
na experiência que traduz,
anos, caminhos, planos,
que se foram, que são,
tantos outros que virão,
como o vento ou farol que reluz!

Há beleza na lenha creptante,
no fogo da lareira,
do amor que incendeia,
dos quadros,
das lembranças na estante!
Da porta entreaberta,
da saudade que espreita,
no cenário que induz!

Lembranças, andanças,
Esperança!

Espera-se o amanhã,
O luar!
Espera-se o futuro,
A solidão!
Não sabe que a vida
não é barganha,
nem tão pouco roldão!

Desconhece que o simples satisfaz,
Torna-se grande, imensidão!
Para isso, basta esperar,
o bule chiar,
no fogo da lenha,
um bom café, uma bela paisagem,
um amor a te acompanhar,
e Deus no coração!

sábado, 4 de junho de 2016

AMÉM

Ontem fui, o que hoje já nem sei!
Amanhã, quem saberá o que serei?
O que plantas colhes,
a sofridão e a alegria,
São filhas do que escolhes!

E na vida bem? vivida,
De acordes, levantes e caídas,
De rebotes, rompantes, desmedidas,
Destemidas, desinibidas as saídas,
Destruídas as sensações.

E na morte sem emenda,
efetiva, eletiva e efêmera.
Na surdina, na sortida, na sarjeta,
desregrada, deslumbrada e sedenta,
Perdidas as emoções!

O que ontem, hoje ou no além,
Fiz, faço e farei,
De mim, de ti, nem sei.
Pena não poder,
Ter para lhe oferecer,
Resposta, respaldo ou esperança,
Abraço, adorno e lembrança,
Nem certo, nem errado,
Só amém!