quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O ÓCIO E O ÓDIO


Odeio! Odeio com todas minhas forças a falta do ócio! Não aquele, sedutor, tentador, qual a bela sereia à conquistar ingênuos marinheiros e à arrastá-los para o escuro das águas da ignorância e improdutividade. 

Odeio a falta do ócio que hoje me acachapa violentamente! Não aquele, fantasiosamente alegre, cantarolante, representado na fábula da cigarra e da formiga, que graças ao bom coração de seu criador, em última análise e conclusivamente, acabou por salvar a cigarra, que fazia do ócio seu cotidiano, diferente do que acontece na vida real, onde primaveras, verões e outonos de ócios constantes repercutem quase que naturalmente? em invernos de abandonos e discriminações sociais.

Porém, sofro de um ódio espontâneo, pela falta de um ócio efetivo, capaz de alimentar de energia, criatividade e ideais meu cérebro que insiste em me interrogar: Quando será o momento em que me permitirá lançar em enxurradas todas as inspirações das quais sou origem e instrumento?

Odeio ter que interromper pensamentos, insights, ideias, luzes, trevas, todo tipo de inspiração, por estar PRESO em rotinas cotidianas, que se por um lado, possuem seu QUÊ de importância, por outro, sufoca e reprime um um novo SER que luta por desenvolver-se!

Odeio esta parcela do SER humano, possuir dúvidas, fraquezas, gessos sociais, que estagnam, imobilizam e atrasam.

Odeio o ÓCIO! Ou será que odeio a quem o ÓCIO possui? Talvez sinta uma inveja daqueles que são agraciados com o Ócio inspirador! Talvez deva espelhar-me naqueles que romperam paradigmas na busca da conquista de seus sonhos!

Ódio, dúvidas, reflexões! Sentimentos intensos! Bons para inspirar produções! 

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