Toda boa e responsável crítica
contestatória deve ser realizada tendo como parâmetro suas funções básicas,
simples, porém extremamente fundamentais. São elas: alertar, questionar, propor
soluções, desejar mudar/melhorar.
Para tanto, se faz necessário
dominar o assunto que se pretende abordar, conviver no ambiente que se pretende
analisar, e principalmente, viver as experiências as quais se pretende opinar e
propor transformações.
A vivência e interação com o
contexto que se pretende influenciar é premissa Sine Qua Non para aquele que faz
da crítica um ato responsável, uma ação que prima por objetivar a reconstrução
das ações, estratégias e cenários, que após análise preliminar, mostraram-se
ineficazes em promover os objetivos a que se propuseram.
Contudo, a crítica exercida
sem parâmetros e critérios, muitas vezes realizada por pessoas desprovidas de
um mínimo de ética e conhecimento técnico/profissional relativo ao
objeto/ação/projeto criticado, revela um único e infeliz objetivo, o de
denegrir o objeto da crítica.
Costumo alertar e recomendar
cuidado para com pessoas que possuem o senso de crítica enraizado em
suas ações sem, contudo, comprometerem-se com a parte fundamental do processo –
a sugestão de possíveis soluções para os problemas analisados e criticados.
À estes, cujas ações não se
estendem além do apontamento de possíveis erros, deve-se atentar
constantemente, uma vez que não se comprometem sob circunstância alguma com o
todo, possuindo uma visão e ação egocêntrica, fomentando ações que possam
surtir efeitos positivos apenas pra si, em detrimento de outros.
Melhor dizendo - na
tentativa de facilitar o entendimento - quando um sujeito envolvido direta ou
indiretamente em alguma situação, ação, projeto, etc. tende a agir de forma
acentuada, fazendo o apontamento contumaz dos erros, inclusive criticando
outras pessoas de forma antiética, sem o mínimo de postura profissional e
principalmente, sem oferecer sugestões de soluções e mudanças que possam,
sobretudo, reverter o quadro negativo por ele acentuado, há de se questionar:
Com que propriedade esta crítica está sendo exercida? Qual a base de
sustentação para o exercício desta crítica?
Não é de se espantar, ao se
questionar e analisar as ações daqueles que só fazem criticar, que encontremos
erros, desmandos, falta de comprometimento e de profissionalismo em grau muitas
vezes superior ao daqueles outrora criticados por estes sujeitos.
Não raro, ações pontuais e
constantes de apontamento de problemas e críticas, acabam por serem utilizadas
como uma forma de se acentuar o problema dos outros, ao mesmo tempo em que se
desvia a atenção dos próprios problemas.
Não se trata aqui de se
exercer uma crítica aos críticos (não pude resistir!). Porém uma crítica
consciente, responsável e eficiente deve estar muito bem embasada, tendo como
objetivo máximo alertar para as questões que se apresentam equivocadas,
questionar os erros e problemas que se pôde visualizar por meio da vivência da
situação analisada, e sobretudo, propor soluções, mudanças e ações que possam
gerar os benefícios esperados.
Tudo isso deve ser feito com
muito profissionalismo, respeito e ética! É desse tipo de crítica e crítico que
todos nós necessitamos!
Fato ! concordo em número, gênero e grau..., texto muito bem elaborado, oportuno e necessário, obrigada por compartilhar conosco...Paara béns !
ResponderExcluirSabe que esse seu estilo reflexivo, é muito oportuno, pois compartilho desse ideal de alertar, polemizar, propor soluções, procurar mudar...no entanto, penso que situações que nos remetem a doces lembranças por serem agradáveis e corriqueiras do nosso dia a dia,tem lá sua importância, pois remete ao leitor, retornar ao passado, ao vivenciar situações semelhantes, ou se recordar de algo parecido, semelhante, e isso sempre traz algum ensinamento, pois a situação vivenciada pode ser analisada sobre outra ótica ou ponto de vista, sendo assim oportuna ou necessária dependendo do ponto de vista de quem lê...resumindo a opera...pra mim, escrever nunca é demais, e sempre faz bem, independentemete do tema abordado,desde que flua com naturalidade... .rs...porém confesso: já me peguei com esse questionamento também anteriormente, com o tempo, cheguei a essa conclusão...Paarabéns !
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