sábado, 20 de agosto de 2016

AS DORES DA INFÂNCIA

A escorrer pela face macilenta,
lágrimas e suor se misturam,
afogam sonhos e dores,
da menina sem infância.

Da mulher sem madureza,
precoce, perde a vida na lida,
misto de indiferença e tristeza,
vida sem rumo, nem beleza,

de quem se levanta e se deita,
como trapo e fiapo,
nem cão, nem gato,
animal selvagem que espreita!

Que se fazem de nossas meninas?
que se fazem da juventude?
furtam-se amor, desprezam-se virtudes.

Saciam-se os abutres,
das pequeninas que ilude,
da destruição de tantas vidas!

Mas saiba pequena flor,
que na luz da divina prece,
tem no Pai que fortalece
conforto para toda dor!

Sustenta a fé e a esperança,
em seus dias breves,
ante a eternidade que se segue,
onde entrarás como bela criança,
Plena de glória e amor!

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