sábado, 4 de junho de 2016

AMÉM

Ontem fui, o que hoje já nem sei!
Amanhã, quem saberá o que serei?
O que plantas colhes,
a sofridão e a alegria,
São filhas do que escolhes!

E na vida bem? vivida,
De acordes, levantes e caídas,
De rebotes, rompantes, desmedidas,
Destemidas, desinibidas as saídas,
Destruídas as sensações.

E na morte sem emenda,
efetiva, eletiva e efêmera.
Na surdina, na sortida, na sarjeta,
desregrada, deslumbrada e sedenta,
Perdidas as emoções!

O que ontem, hoje ou no além,
Fiz, faço e farei,
De mim, de ti, nem sei.
Pena não poder,
Ter para lhe oferecer,
Resposta, respaldo ou esperança,
Abraço, adorno e lembrança,
Nem certo, nem errado,
Só amém!


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