Ontem fui, o que hoje
já nem sei!
Amanhã, quem saberá o
que serei?
O que plantas colhes,
a sofridão e a
alegria,
São filhas do que
escolhes!
E na vida bem? vivida,
De acordes, levantes
e caídas,
De rebotes,
rompantes, desmedidas,
Destemidas, desinibidas
as saídas,
Destruídas as
sensações.
E na morte sem emenda,
efetiva, eletiva e
efêmera.
Na surdina, na
sortida, na sarjeta,
desregrada,
deslumbrada e sedenta,
Perdidas as emoções!
O que ontem, hoje ou no
além,
Fiz, faço e farei,
De mim, de ti, nem
sei.
Pena não poder,
Ter para lhe
oferecer,
Resposta, respaldo ou
esperança,
Abraço, adorno e
lembrança,
Nem certo, nem
errado,
Só amém!
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